Há algum tempo moradores do Rio de Janeiro estavam assustados com casos de caxumba, que também  preocupou as autoridades públicas. A questão é que diversas doenças consideradas, então, erradicadas e algumas tidas como doenças simples da infância voltaram a aparecer. E mais, elas têm aparecido de forma mais agressiva em surtos que se alastram rapidamente. Por isso, é importante estar atento à caxumba e demais doenças e, principalmente às agendas de vacinação.

Caxumba, o que é?

A caxumba é uma doença provocada por um vírus da família paramyxovirus caracterizada principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva que ficam nas laterais do pescoço, abaixo da mandíbula.

Sintomas da Caxumba

Os sintomas mais característicos são inchaço e dor nas laterais do pescoço, logo abaixo do maxilar. As complicações são raras. Uma delas é a meningite viral, forma mais branda da infecção que atinge as membranas que envolvem o encéfalo. Outras são a orquite, inflamação dos testículos, e a ooforite, inflamação dos ovários. A caxumba também pode levar à surdez, embora os casos sejam muito raros.

Transmissão da Caxumba

A transmissão da caxumba ocorre pelo ar, pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. E não há um remédio específico. O tratamento consiste em aliviar os sintomas de dor e mal estar e fazer repouso para que o próprio organismo combata o vírus.

Vacinação

No caso da caxumba, a pessoa deve ser imunizada pela primeira vez com 1 ano de idade e tomar a segunda dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) aos 15 meses.

Quem tem até 19 anos de idade e não sabe se foi vacinado precisa tomar as duas doses de uma só vez. Quem tem entre 19 anos e 49 anos só precisa de uma vacinação. As grávidas não podem ser vacinadas. E quem já foi atingido pela doença não corre risco de contraí-la de novo.

Calendário de vacinação

Todas as vacinas dos calendários estabelecidos pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, são oferecidas gratuitamente nos postos de saúde de todo o Brasil.

Ao nascer: os bebês devem tomar a vacina BCG, que combate formas graves da tuberculose e a vacina contra a hepatite B. Ambas são tomadas em uma única dose.

Dois meses: nenéns devem tomar a primeira dose da Vacina Pentavalente, que combate difteria, tétano, coqueluche, hepatite, meningite e infecções por Haemophilus influenzae b, que pode causar infecções. Também nessa época, os pais devem ficar atentos para as primeiras doses da Vacina Inativada Poliomielite, que combate a paralisia infantil e a Vacina Oral de Rotavírus Humano, que previne as diarreias por rotavírus.

Três meses: é a época das primeiras doses da Vacina Pneumocócica 10, contra pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pela bactéria Pneumococo; e a vacina Meningocócica C, que combate meningite e outras doenças.

Quatro meses: os bebês tomam as segundas doses das vacinas Pentavalente, da Vacina Inativada Poliomielite e da Vacina Oral de Rotavírus Humano. Um mês depois, as crianças devem tomar a Vacina Pneumocócica 10 e da Vacina Meningocócica C.

Seis meses: é dada a terceira dose da Vacina Pentavalente e da Vacina Oral Poliomielite. Aos sete meses, eles devem tomar a terceira dose da Vacina Pneumocócica 10.

Nove meses: as crianças já podem ser imunizadas contra a febre amarela, principalmente as que vão viajar para alguma área de risco. No caso das crianças com menos de cinco anos, é recomendado um reforço quatro anos após a primeira dose. A partir desta idade, as crianças devem receber reforço após dez anos.

Um ano: momento de tomar a dose única da vacina contra a Hepatite A. Nesta época, os menores também são imunizados com a Triviral, que os protege do sarampo, da caxumba e da rubéola. Também é recomendado um reforço da Vacina Pneumocócica 10.

Quinze meses: deve ser feito o primeiro reforço da vacina Tríplice Bacteriana, que combate o tétano, a difteria e a coqueluche. Os pequenos também devem passar pelo primeiro reforço da Vacina Oral Poliomielite e receber o reforço da Vacina Meningocócica C. Além disso, devem ser imunizadas com a dose única da Tetraviral, que combate os casos de sarampo, caxumba, rubéola e varicela.

Quatro anos: as crianças devem tomar o segundo reforço da Vacina Oral Poliomielite e da Tríplice Bacteriana.

Meninas de 9 a 11 anos: as pré-adolescentes devem tomar as três doses da vacina HPV Quadrivalente, que combate o câncer de colo de útero. A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza uma tabela com todas as vacinas a serem tomadas.

Imunização de adolescentes
Os adolescentes que não tomaram as vacinas de acordo com o calendário recomendado para as crianças podem ser protegidas entre os 11 e 19 anos. Nesta época, são recomendadas as três doses da vacina contra hepatite B e da Dupla Adulto, que combate a Difteria e o tétano, além da Tríplice Viral, que tem só duas doses e combate sarampo, Caxumba e Rubéola.

 

 

 

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