Até que se prove o contrário, pais e mães tentam criar os filhos com o maior capricho possível, não é mesmo? Eles querem que os pequerruchos sejam boas pessoas, gentis, bem-sucedidos, felizes… E fazem o que estiver ao alcance para que isso aconteça. Mas como proceder quando a criança surpreende um dia com um sonoro palavrão?! Há quem não se importe com isso, mas, verdade seja dita, certas expressões não devem estar na boca de criança.
A pedagoga Dora Latini explica que os adultos usam os xingamentos como forma de extravasar frustração, dor ou raiva, por exemplo. Já as crianças, costumam falar as tais “palavras feias” para se sentirem parte de um grupo e, na maioria das vezes, não têm a menor ideia do seu real significado. Além disso, complementa a especialista, elas acabam apenas repetindo o que os pais falam.
– É muito negativo se os próprios pais falam palavrões com frequência. O uso diário dessas palavras, pelos meios de comunicação e pela sociedade em geral, também estimula a sua utilização.
A especialista sublinha ainda que a forma como os pais reagem com uma criança que fala palavrões pode ser determinante para a continuação (ou não) do hábito:
– Normalmente a reação dos pais frente aos palavrões é de divertimento ou bronca. É importante deixar claro eles não devem ser repetidos. Se mostrar calmo e indiferente também é uma boa opção para a não aprovação do uso de tais palavras. Quanto mais fuzuê for feito, mais a criança vai repetir os palavrões para chamar a atenção.
O melhor a se fazer é dar o exemplo. As crianças usam as palavras que ouvem por repetição. A família fala muitas palavras de baixo calão? O pequeno também falará. Os pais devem explicar clara e firmemente o porquê dos palavrões serem tão ruins e, como alternativa, outras palavras podem ser empregadas para mostrar desconforto em alguma situação ou mesmo divertimento. “Os pais podem inventar palavras engraçadas para dizerem e para a criança falar quando quiser demonstrar raiva ou felicidade, por exemplo”, ensina Dora.
Claro que, depois de uma certa idade, pode ser que elas usem palavrões entre amigos, como forma de aceitação social. Ficará difícil proibir quando essa hora chegar! Seja como for, ensine o seu filho a entender a adequação que cada situação exige. Falar palavrão na frente dos avós ou dos professores deve ser desencorajado. E lembre-se: um bom exemplo é a melhor forma de educar!
Dora Farano Casimiro Costa Latini
Pedagoga e proprietária da Verde Limão Brinquedos Educativos
www.verdelimaobrinquedos.com.br
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