“Não coma isto”! “Não coma aquilo”! Essas frases costumam ser entoadas por mães de crianças com diabetes, receosas de que o filho resolva comer algo que não possa (mesmo!) ingerir, com risco de causar diversas complicações ao organismo. De todo modo, o ideal mesmo é não focar em mensagens negativas e, sim, levar a criança ao nutricionista, para que esse profissional prepare uma lista de substituições de alimentos junto com o pequeno. Afinal de contas, é importante conversar com a criança sobre o que ela pode ou não comer, para que o diabetes fique sob controle, mas, também, tentar substituir por alimentos que ela goste, para que não se sinta totalmente privada.
A nutricionista Alessandra Rocha orienta que é importante que as crianças com diabetes tenham um plano alimentar equilibrado com uma quantidade diária de carboidratos (50 a 60%), proteínas (15%) e gorduras (30%), além de fibras, para evitar complicações da doença:
– A alimentação para uma criança diabética deve levar em conta que ela está em processo de desenvolvimento, com necessidades nutricionais específicas. Além de promover o crescimento com saúde, a alimentação deve ter como objetivo evitar descompensações, como a hipoglicemia (diminuição do nível de glicose no sangue). Criança é criança e é preciso cortar os alimentos, mas buscar alternativas que não façam mal, e que não a privem totalmente do que ela gosta.
A seguir, confira dicas para a alimentação de crianças com diabetes:
• Para bebês que já comem papinha, acrescentar os carboidratos complexos – arroz, aveia, massas, batata, milho e outros – na alimentação, bem como azeite após o preparo e alternar a proteína. Tudo com orientação do nutricionista.
• Para as crianças mais velhas, usar macarrão de massa integral ou a base de mandioquinha;
• Consumir alimentos indispensáveis no controle do diabetes como peixes (ricos em Ômega 3), cebola, brócolis e cereais integrais (ricos em cromo, mineral importante na regulação de açúcar no sangue), canela, feijão, frutas, verduras, gérmen de trigo, bananas menos maduras, nozes, pimentão, repolho e couve;
• Para os lanches, preparar os favoritos da criança, porém com substituições. Ex.: hambúrguer de pão integral com carne de soja e abobrinha pode ser feito assado e o aspecto fica muito semelhante ao do fast food, só que saudável;
• No caso dos doces, usar as versões light e diet sempre acrescentando uma fruta como base para dar volume, sem aumentar as calorias, e mantendo o sabor adocicado;
• Brigadeiros podem ser feitos com cacau e leite condensado diet (há no mercado opções desse produto), sem gordura e açúcar, ou nas versões com ameixa desidratada;
• Bolos feitos com farinha de arroz, fécula de batata ou polvilhos acrescentados de farinhas integrais são opções excelentes para as crianças;
• No início da adolescência é sempre bom ter em casa patês prontos à base de legumes para o consumo dos maiorzinhos. Ex: Caponata (berinjela temperada picadinha), atum, ricota com ervas e azeite e outros.
Fonte: Nutricionista Alessandra Rocha, da Desejo Saúde – www.desejosaude.com.br
Crédito da foto: Flickr de Harsha K R
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