O seu filho adora pegar uma canetinha colorida e, ao menor sinal de distração sua, rabiscar a parede? Ou, ainda, costuma fazer bichinhos de massinha de modelar na mesa da sala (ou com a comida do prato)? Bom, talvez esteja na hora de migrar toda essa criatividade para outro lugar. Ateliês com atividades voltadas para crianças estão se multiplicando, para a felicidade dos pequenos artistas e orgulho (e tranquilidade) de grandes pais que têm a possibilidade de dar corda à imaginação dos filhos. Confira algumas opções de ateliês que trazem muitos benefícios ao desenvolvimento infantil.

Para aguçar a criatividade, a coordenação motora e a livre expressão artística das crianças a partir dos três anos de idade, o ateliê Mão na Massa (www.atelielucianasevero.blogspot.com.br), no Rio de Janeiro, oferece pintura em tela, em cerâmica e madeira; desenho; modelagem em papel machê e EVA (espécie de borracha não tóxica); técnica de reciclagem; cartonagem e scrapbooking. As oficinas são ministradas pela artista plástica Luciana Severo, que mistura música, histórias, brincadeiras e dramatização às atividades. “No ateliê, as crianças aprendem a expressar emoção, raciocínio e habilidades em forma de desenhos, e ainda desenvolvem atenção, senso crítico e estético”, explica Luciana.

Há flores por todos os lados no ateliê paulistano Vila Flor (viaflorsp@viaflor.com.br), da florista Daniele Féres, usadas pelas crianças para aprender como são feitos arranjos florais. O trabalho com flores, folhagens e sementes desenvolve habilidades como criatividade; integração com a natureza; percepções visual, olfativa e tátil; e sensibilidade estética. “Foi com a minha avó materna que descobri o encantamento de criar coisas com as mãos, com simplicidade e capricho. O mundo das percepções internas e da natureza são as minhas fontes instigantes de buscas e descobertas”, explica a florista.

O ateliê de cerâmica Alessandra Dantas (www.aleceramica.com.br), também em São Paulo, prioriza o “fazer cerâmica” – bem diferente de apenas fazer pratos, vasos, xícaras -, oferecendo à criança a possibilidade de conhecer e manusear a argila, aprender e vivenciar as técnicas que permitem que ela seja modelada até virar uma peça, ser pintada pelos pequenos, secar, ir para a queima para, então, virar cerâmica. “Esse é um processo no qual a criança percebe que o resultado não é imediato. A cerâmica ensina a criança a vivenciar e conhecer a arte, mas, também a desenvolver a paciência”, explica a ceramista e arte-educadora, Alessandra Dantas.

E se o limite de idade para frequentar um ateliê seja de três anos? Sim, você leu direito. O Mini Ateliê, oferecido pelo espaço carioca Ateliê das Ideias (www.ateliedasideias.com.br), aceita bebês dos seis meses aos três anos para um conjunto de aulinhas que inclui psicomotricidade, cirandinhas e culinária. As aulas de psicomotricidade são feitas por meio de atividades lúdicas que trabalham aspectos como afetividade, memória, linguagem, raciocínio e atenção. Já a música é o elemento central nas cirandinhas, e desenvolve a relação pessoal, esquema corporal, percepções sensoriais e noção de identidade nos babies. E na gostosa aula de culinária, a criança experimenta novos sabores e, com isso, aprende a ampliar e diversificar o paladar desde cedo, enquanto o adulto que a acompanha na aula aprende a alimentá-la corretamente em casa.

Na foto, crianças durante as aulas do ateliê Mão na Massa.

Crédito da foto: Daniele Larri

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