Quadrado, triângulo, retângulo. Essas e outras formas geométricas são facilmente reconhecidas pelas crianças, antes mesmo de aprenderem as definições formais das figuras. E, nesse processo de aprendizagem, alguns jogos contribuem para a vivência e o desenvolvimento de diversas habilidades motoras e cognitivas nos pequenos.
Os jogos de encaixe, por exemplo, servem para treinar o reconhecimento de formas tridimensionais em crianças a partir de um ano. A brincadeira começa quando elas identificam a peça que irão utilizar para depois encaixá-la no orifício correspondente, seja ele um quadrado, triângulo ou retângulo. Depois de tentar algumas vezes, a criança acaba memorizando e ligando as peças a seus respectivos encaixes. Esse tipo de jogo estimula também a associação entre cores e formas. De acordo com Teresa Ruas, especializada em desenvolvimento infantil e consultora da Fisher-Price, os jogos de encaixe estimulam os pequenos em vários aspectos:
– Eles desenvolvem na criança a capacidade para resolver problemas; a noção de meios para fins (qual o meio que tenho que utilizar para atingir uma finalidade: será que o triângulo cabe no círculo? Como encaixar?); as noções de causa e efeito, causalidade; espaço (dentro, fora, pequeno, grande); permanência do objeto (a pecinha cai dentro da casinha e, mesmo que a criança não esteja enxergando, sabe que o objeto existe e está lá dentro); habilidades motoras; a frequência e dosagem da força utilizada para pegar uma peça e as diversas sensações táteis que apreender um objeto nas mãos podem gerar em uma criança.
Ainda de acordo com a especialista, os jogos, no geral, são ferramentas importantes para promover a experiência de regras fixas, o convívio com o outro, a sensação de ganhar e/ou perder, a possibilidade de vivenciar papéis e regras sociais diferentes (como ser o detetive, o pai, o dono do mercado e outras). Portanto pais, vamos brincar de jogos de encaixe (e outros!) com os filhotes. Além de divertido, faz um bem danado ao desenvolvimento da garotada.
Jogos recomendados por faixa etária
• Entre 4 a 8 meses: jogos simples de ação e reação. Ex: colocou a mão, apareceu o bichinho.
• Entre 8 a 12 meses: jogos de ação e reação com nível de complexidade maior para estimular meios para fins (para abrir o jacaré a criança tem que girar a peça, para abrir a porta da casinha tem que colocar a chave); e jogos de encaixe simples.
• De 12 a 24 meses: jogos que tenham cubos/torres para empilhar e construir.
• 2 a 6 anos: jogos que estimulem a brincadeira simbólica (com figuras de animais, objetos familiares, por exemplo), a construção (peças que empilham, que encaixam, como os cubos) e quebra cabeça. Além disso, por volta dos 4/5 anos é importante proporcionar jogos que tenham regras e normas simples e que possibilitam a relação com outras crianças.
• 7 a 12 anos: jogos que estimulem a construção lógico-matemática (reunir em classes, ordenar, adicionar, subtrair, multiplicar e dividir), as operações infralógicas (constituição dos objetos em termos de conservação de massa, volume, relacionar altura, volume e velocidade, por exemplo).
Fonte: Teresa Ruas – Especialista em desenvolvimento infantil e consultora da Fisher-Price
Foto: Divulgação Fisher-Price
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