A maternidade é algo tão poderoso e transformador, mesmo sendo algo tão natural e básico, já pensou nisso? Desde que o mundo é mundo, mulheres geram outras vidas, populam o mundo e fazem a enorme roda da vida girar.

Cada mulher que se torna mãe, junto com o filho que educa para ser um agente transformador do universo, se transforma. Não à toa que inúmeras empresas, instituições e ações acontecem por causa dessas novas mulheres, agora mães que decidem que precisam fazer mais do que colocar seus filhos no mundo para que o mundo desses filhos, e dos filhos deles, seja melhor.

Bloggermoms, donas de negócios incríveis por todo o guia aqui da KIDS in e a Tathi Lopes, são alguns exemplos de pessoas que decidiram dar uma mãozinha para que a vida de outras mães pudesse ser melhor, compartilhando experiências, saberes, talentos. Por isso, convidamos a Tathi Lopes, mãe da Olivia, empreendedora cultural e curadora do PING Festival para escrever este artigo, contando das ideias, da produção e de como foi o festival.

Confira:

Há uma semana finalmente descobri que quando instituimos o amor como peça chave para realizarmos qualquer coisa, somos capazes de estabelecer transformações definitivas e potentes não só nas pessoas à nossa volta, mas principalmente em nós mesmos.

Ter a sensação de me sentir plena, me fez perceber que ali eu havia acabado de encontrar um propósito.

Me vi chorando, sozinha, emocionada, passeando por um espaço, onde crianças, adultos, famílias, artistas, educadores, gestores, amigos, estavam juntos, integrados num ambiente de respeito, sensibilidade, troca, colaboração e aprendizado. Seus olhares, sorrisos, abraços, trouxeram uma energia e alegria reparadoras em mim.

Isso tudo aconteceu no PING, festival que carrega no nome a ideia de troca, conexão e rede. Conceitos que foram a base na concepção e construção desse encontro gratuito, democrático e acessível, pensado para todos. Que nasceu com o propósito de gerar reflexão e experimentação a partir da cultura, arte e educação. Onde iniciativas, ideias e ferramentas de transformação social foram trazidas por artistas, educadores e profissionais inspiradores que, generosamente, compartilharam suas experiências com todos que estavam ali.

Falamos sobre cultura maker, alfabetização emocional, acessibilidade criativa, inclusão social, economia colaborativa, design thinking, tecnologia, arte, alfabetização múltipla, informação, cultura e inovação.  Temas propostos através de palestras, debates e atividades como circo, realidade virtual, oficinas de arte, games, instalações, cinema, e performances, que se confirmaram conectados e mostraram como é fundamental e urgente criarmos espaços para falarmos de educação, arte e cultura.

Maternidade como mola propulsora

Minha busca quando o PING ainda nem era uma ideia, mas um desejo que eu tentava reconhecer, surgiu na tentativa de encontrar um espaço que valorizasse a criança como indivíduo, colaborador e capaz, para que a Olivia, minha filha que hoje tem 4 anos, pudesse se desenvolver num ambiente que estimulasse sua autonomia e estivesse conectado com as novas formas de pensar educação.

Essa expectativa só causou frustração e insegurança, por isso cada vez mais acredito que precisamos todos agir para que mais iniciativas pensadas e criadas por pessoas comuns, que assim como eu, partem de uma experiência e desejo individual, descubram e entendam que pensando coletivamente, compartilhado suas ideias e se conectando a outras pessoas, podem gerar transformações potentes que ecoem e sejam significativas para todos nós.

Podemos juntos criar muitas possibilidades de uma sociedade justa, diversa que promova oportunidade para todas as nossas crianças, TODAS.

E foi a maternidade, esse poderoso acontecimento na vida de uma mulher, que me moveu para esse caminho pleno de afeto, escuta, cuidado, generosidade e transformação. Obrigada minha filha!

Tathi e Olivia

Este artigo foi escrito por Tathiana Lopes, empreendedora cultural, mãe de Olivia, idealizadora e curadora do PING Festival

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