Muitos bebês e crianças possuem o hábito de dormir agarrados a bichos de pelúcia, paninhos, fraldas e cobertores ou, ainda, a um brinquedo especial. Esses amiguinhos são carinhosamente chamados de Naninhas e podem ser considerados objetos transicionais, ou seja, possuem a função de acalmar e acalentar em momentos de mudanças, que costumam trazer insegurança e ansiedade.

Mas, permitir que os pequenos tenham uma Naninha é saudável? Sim. Para a psicóloga Meiry Kamia, é completamente normal e seguro deixar que as crianças tenham esse objeto de carinho. “A mãe tem para o bebê uma importância muito grande. Ela é simplesmente o seu mundo. É dela que vem o carinho, a comida, o afago. Mas logo os bebês percebem que suas mães se ausentam de vez em quando, e isso lhes causa angústia e ansiedade. Por isso, é comum pequeninos se acalmarem com uma fralda ou peça de roupa com o cheirinho da mãe, por exemplo, ou terem um brinquedo preferido que lhes traga uma sensação de conforto”, explica a psicóloga.

As Naninhas também podem ser grandes companheiras de meninos e meninas com medo de escuro, de monstros ou com dificuldades em dormir. “Algumas crianças têm medos inconscientes de que, ao dormir, possam não acordar. O objeto pode ajudar nesse sentido também”, complementa Meiry.

Agora que você já sabe que é completamente normal o seu filho ter uma Naninha – e permitir que ele tenha, surge outra dúvida: quando retirar ou estimular a independência dos pequenos em relação ao objeto? É simples também… Do mesmo modo em que não há “neuras” no fato de a criança possuir um bichinho de pelúcia ou paninho querido na hora de dormir, também não há muita pressão com relação ao momento de desestimular a companhia das Naninhas, orienta a psicóloga:

– Cada um tem o seu tempo, não existe idade certa. Normalmente, a criança, por si só, vai “esquecendo” da Naninha à medida que o seu mundo social se torna mais rico. Ela vai percebendo que pode ser querida por outras pessoas e que também pode gostar delas. Seu relacionamento afetivo se amplia e, com isso, o foco deixa de ser somente a mãe, e o objeto deixa de ser tão importante e significativo – finaliza Meiry Kamia.

Meiry Kamia – Psicóloga
Tel.: (11) 8297-9735

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