Com certeza você já ouviu falar em bullying, termo em inglês originário de bully, que significa “valentão” ou aquele que abusa da autoridade ou posição para oprimir outras pessoas. O tema é pauta de debates no mundo todo, especialmente, no ambiente escolar, onde acontece a maioria das situações de “valentia”.

Uma pesquisa realizada pela organização não-governamental Plan Brasil, com alunos de escolas públicas e particulares, revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns entre alunos da 5ª e 6ª séries. E as três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

No entanto, apesar da seriedade do problema, ainda há uma tendência de as escolas não admitirem a existência entre os alunos, desconhecerem o problema ou se negarem a enfrentá-lo, o que, na opinião do psicólogo Breno Rostotolato, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, pode ter impactos extremamente negativos na sociedade:

– Precisamos retomar a importância social das escolas e faculdades, restabelecendo o valor dos professores, e não me refiro apenas a salários dignos, mas ao valor de autoridade -, opina.

Mas, o problema não se limita apenas ao âmbito escolar. De fato, este tipo de agressão é comumente vinculado à rotina da escola, já que é lá onde as crianças passam a maior parte do tempo, no entanto, ele pode acontecer em qualquer lugar, inclusive, dentro de casa. Familiares, vizinhos e pessoas muito próximas entram na lista daqueles que podem ser os causadores de alguma repressão, por meio de agressões verbais, repressão diretas ou brincadeiras, que não são tão brincadeiras assim, como apelidos pejorativos, por exemplo.

Diante disso, é preciso que os pais passem, desde cedo, valores essenciais aos filhos, como o respeito ao próximo, a importância de valorizar as diferenças e peculiaridades das pessoas e de mostrar que o pequeno pode conversar sobre qualquer comportamento que fuja disso. O bullying, se não for combatido, pode transformar as vítimas em adultos com sérios problemas de autoestima e de relacionamento com outras pessoas, podendo, inclusive, desencadear comportamentos agressivos no futuro. Portanto, pais, vamos ficar de olho em nossas crianças.

Responder